quarta-feira, fevereiro 14, 2007

SHARKY'S MACHINE

Ontem, acabadinho de chegar a casa, sentei-me no sofá com o intuito de trincar uma fatiazinha de pão alentejano com queijo (Sotoniza), tipo relax. Interlúdio para matar a fome e entrar em home mode. Ligo a televisão, "zapo" até ao canal Hollywood e – BAM! – o bigode de Burt Reynolds esmaga-me contra as almofadas do sofá. Boa, pensei, já não mudo de canal e ainda me rio um pouco até o lanchinho acabar. Eram para aí umas 18:30 (o filme já levava uma meia hora de rodagem) e segui, siderado, até às 20:00 (hora em que desliguei a televisão). Como gosto de descobrir filmes nas horas e momentos mais inesperados!
O filme chama-se Sharky's Machine (1981) e é a terceira experiência do próprio Reynolds como realizador (embora as primeiras duas no registo da comédia, ao contrário desta), o que ainda torna a coisa mais interessante. Dando já uma previsão do que viriam a ser os 80's mas ainda com um toque fortíssimo dos 70's, este filme, basicamente um thriller policial, conta com uma notável banda sonora (de Chet Baker e Sarah Vaughan, entre outros), um elenco secundário com personagens muito bem conseguidas (atenção especial a Victorio Gassman, Charles Durning, Richard Libertini e, acima de tudo, a Bernie Casey) e com truques de realização e de montagem muitos bons mesmo (os momentos de diálogos sem voz, só movimentos de boca, e movimentações de jazz por cima são fantásticos). A dama do filme, com os seus longos cabelos e fartos peitorais, fica a cargo de Rachel Ward. A mim passou-me ao lado, mas para os muitos que viram (três anos mais tarde) o Against All Odds este nome decerto diz alguma coisa...
O Youtube desta vez deixou-me pendurado (só me aparece um ficheiro manhoso com o filme todo resumido em 9 minutos...) e as fotografias sobre o filme não abundam na internet, mas aqui fica a review do New York Times feita na altura.

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