segunda-feira, abril 02, 2007

Arrrrrrgggghhghhh....

Equipa que demonstre níveis de medo como os de ontem à noite não merece ser campeã. Esta é a ideia geral. E é verdade. Mas se tal se aplica ao SLB que ontem entregou metade (46 minutos bem contadinhos) do ouro ao bandido também se aplica inegavelmente ao bandido (perdão, ao FCP) que na segunda parte mais não fez do que esbanjar tempo e esperar pelo final da partida (movimento típico de equipas como o Paços de Ferreira...).
O ambiente ontem estava lindo, ao rubro, com o hino do Glorioso cantado do princípio ao fim pelo estádio inteiro, levantado, cartolinas na mão, vermelho e branco, vermelho e branco, vermelho e branco... Mas o medo é uma coisa estranha. O medo mata. A iniciativa, a vida, neste caso, o jogo jogado e espectacular. O Benfica pouco fez na primeira parte que tentar manter-se à tona. «Estão com medo, porra» gritava-se desesperadamente nas bancadas. E só o intervalo quebrou o estado de espírito. Mal começou a segunda parte o SLB começou (literalmente) a jogar e o FCP encostou, encostou, encostou. É tão fácil jogar, eles sabem-no fazer, mas por que raio não o fazem desde o apito inicial? Esbanjámos oportunidades, o Helton mostrou o que vale, empatámos com toda a justiça e soube a pouco. Tivéssemos jogado o jogo todo e acredito que o resultado teria sido outro. Mas não, demos 46 minutos de bandeja e fomos roubados noutros tantos (não sei quantos, mas sei que não foram os 5 ridículos minutos de compensação!). Nota francamente negativa, portanto, para o árbitro que perdeu o controlo do jogo quando este começou verdadeiramente (ou seja, na segunda parte) e que deixou o FCP fazer o que queria (perder tempo, leia-se) sempre que quis. Uma vergonha. Na TSF, há pouco, ouvi um adepto benfiquista dizer que o árbitro não foi responsável pelo empate. Pois não, mas foi responsável pelo empata. O FCP foi uma vergonha ontem à noite. E que dizer do triste espectáculo que davam de cada vez que safavam uma bola para fora, de cada vez que respiravam de alívio por um remate ter sido ao lado? Agarravam-se uns aos outros (aos gritinhos, quase se ouvia...), dando palmadas e largando incentivos nervosinhos. Só fazia lembrar as típicas celebrações das equipas femininas de vóleibol de cada vez que conquistam um ponto ou um serviço. O que é muito triste, convenhamos. Tendo em conta de que tratava da equipa A do emblema azul e branco...
Mas a vida é assim e corre desenfreada mesmo que o Quaresma não o tenha feito. E a minha esperança final é a de que, no fim, feitas as contas, venha a ser o Belenenses a dar-nos o título. Que justifiquem e provem que mereciam mesmo ter permanecido na Liga Bwin...
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Lamentavelmente, a mentira que o jornal A Bola esgalhou ontem para nos enganar verificou-se da pior maneira, ou seja, com a verdade indesmentível. De petardo em petardo até à vitória final... É triste.

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