quinta-feira, maio 22, 2008

Realmente, por vezes, Deus escreve direito por linhas bem tortas...

Ei?!... Mas onde está o homem do momento? Vai ali a correr? Não. Está ali no assalto ao homem da noite? Não. Está deitado na relva, sozinho, de barriga para baixo, cara escondida, chorando convulsivamente, criança que é, rapazinho que julgam ser, homem sábio e determinado {leia-se, homem de negócios} que sabe ser. Depois desse momento, triste momento, de uma estranha solidão, só lhe restou levantar-se, juntar-se ao grupo, pentear-se para além do razoável, ir ao levantar da taça junto a Bobby Charlton numa das maiores e melhores encenações desportivas de que me lembro, trincar a medalha como só ele sabe e, já hoje, dizer {eu li-o no Guardian} que não promete nada aos adeptos do ManU... Sim, que ainda restam algumas metas a cumprir.

Mas, devo confessar, e aqui vem algo que nunca pensei vir a dizer, ontem até que gostei de o ver jogar {na primeira parte}. Os sucessivos centros eram de morte e o golo é muito bom. Elegante. Deu mesmo gosto vê-lo jogar. Se alguma vez pensei vir a dizer isto... Mas também é verdade que na segunda parte desapareceu e que no momento decisivo falhou. Mas como Deus é um tipo esquisito fez antes {depois} escorregar Terry e deu a Ronaldo e companhia a terceira taça dos campeões. Bom, parabéns aos Red Devils.



Photograph: Graham Hughes/The Times

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