terça-feira, janeiro 20, 2009

Some notes on the Obama's inaugural...

1. Sim, papei a cerimónia de uma ponta à outra. Em directo, na BBC, para que conste. Há sempre uma primeira vez... Mas não é assim tão grave, é como fazermos a bela da directa para assistirmos à cerimónia da entrega dos Oscars ou assistirmos ao primeiro episódio do Big Brother. É tudo showbizz, nada mais.

2. Há oito anos atrás, no rescaldo do falhanço Gore/Lieberman, após as insólitas recontagens da Florida, quem diria que esse povo burro, estúpido, tonto e tão ridicularizado por esse mundo fora seria o mesmo que hoje faz história... Pois é, a memória é curta. Muita gente devia estar neste momento a pedir perdão aos norte-americanos pelos insultos. A não ser que eles continuem a ser um povo estúpido por ter eleito Obama... Decidam-se.

3. Acima de tudo, uma palavra é devida por muitos a Bush, pois sem Bush nada feito. Sem oito anos de Bush parece-me óbvio que Obama nunca teria sido eleito.

4. Um pastor evangelista de vómito a anteceder o juramento de Biden. E ainda há quem se atreva a falar de {e atacar} nações e povos fundamentalistas, daqueles que misturam "perigosamente" Deus e Política...

5. Um discurso miserável por parte de Obama. Pobre, pobre, pobre. Nada de interessante ali se esgravata. Já o contrário... E não podia discordar mais quando ele afirma que os EUA não têm nada de pedir perdão por perseguirem o seu estilo de vida, seja lá a quem for. Ai têm, têm... E hão-de percebê-lo, mais tarde ou mais tarde.

6. Curioso o facto de o juramento do Vice-Presidente e o do Presidente serem tão distintos. O Presidente jura: I do solemnly swear (or affirm) that I will faithfully execute the office of President of the United States, and will to the best of my ability, preserve, protect and defend the Constitution of the United States. Já o Vice-Presidente jura: I do solemnly swear (or affirm) that I will support and defend the Constitution of the United States against all enemies, foreign and domestic; that I will bear true faith and allegiance to the same; that I take this obligation freely, without any mental reservation or purpose of evasion; and that I will well and faithfully discharge the duties of the office on which I am about to enter. So help me God. Mais vital aquela jurada por Biden {e Cheney antes dele}, não? Como se o Vice-Presidente fosse mais importante, não é?

7. A limusina que transportou Obama até ao Capitólio é um Humvee e chama-se {tão engraçadinhos que nós somos...} The Beast... E ele sentou-se nela? Não exigiu nova viatura? Como se não chegasse o mau gosto, quer da viatura quer do epíteto, é um mau começo para quem promete fazer frente ao aquecimento global e pretende promover a criação de novos combustíveis.

8. Ou muito me engano ou não vai faltar muito para o surgimento de novos slogans, tipo Yes, We Thought We Could ou ainda Time for Disappointment.

9. Vão ser 4 anos muito interessantes.

10. No fundo, no fundo, a tomada de passe de Obama foi como a comida norte-americana, foi como os cenários dos talkshows norte-americanos, como a construção e mediação imobiliária norte-americana, como a ida à Lua {dizem alguns...}, como as mamas das boazonas norte-americanas, ou seja, fake, fake, fake...

1 comentário:

aquelabruxa disse...

qualquer dia ainda começo a acreditar que o obama ou algum político pode mudar alguma coisa...